Recentemente foi anunciado pela Microsoft que o Internet Explorer será descontinuado daqui a um ano. A última versão do famoso navegador da Internet não terá mais atualizações a partir de 17 de agosto de 2021. Aliás, a aposta passará a ser no Microsoft Edge que pretende ser um concorrente para o Google Chrome. Será este um passo relevante para a Microsoft?
Internet Explorer: o fim mais de 25 anos depois
O Internet Explorer foi lançado pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1995. Curiosamente aquele que começou como sendo o “rei” dos navegadores da internet, termina os seus últimos anos de vida como uma “piada“.
O começo do reinado do browser
Nesse sentido, convém relembrar que na altura do seu lançamento, o browser conseguiu fazer frente ao Netscape Navigator. Só para ilustrar o panorama da altura, este detinha 90% do mercado na época. Salientamos que o browser era pago, custando cerca de 49 dólares.
A Microsoft não perdeu tempo e lançou este produto que, apesar dos seus bugs, era gratuito e disponibilizado através de updates. Logo após isto o browser começou a ver a sua popularidade lançada quando a empresa resolveu incluí-lo no sistema operativo do Windows 95. Por fim, o Explorer conquistou o pódio em 1998.
Dois novos rivais entram em palco
Apesar do navegador da Microsoft ter atingido o seu pico em 2004, já os seus rivais começavam a marcar terreno. A saber que dois anos antes surgiu o Mozilla Firefox em 2002, porém o seu némesis principal, o Google Chrome, nasceu em 2008.
Além das qualidades superiores dos dois concorrentes, a Microsoft teve ainda um “velho fantasma” a abalar a sua popularidade. Durante os anos 90, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) abriu uma investigação antitrust à empresa, algo que foi resolvido com relativa facilidade. Porém, a segunda acusação, vinda da Comissão Europeia, resultou numa multa de 561 milhões de euros.
Isto porque a Microsoft não cumpriu um acordo estabelecido em 2009: oferecer aos users uma hipótese de escolha no Windows 7 com Service Pack 1 entre maio de 2011 e julho de 2012.
O Edge surge para ficar
Com a popularidade do browser em baixo, particularmente em 2015, a Microsoft resolve mudar de estratégia. Nesse sentido surge um projeto que visava concorrer contra o Google Chrome. Falamos, claro, do Microsoft Edge.
Infelizmente este novo projeto também acabaria por ser um flop. Um projeto que visava ser “leve, rápido e seguro” acabaria por ser marcado por uma miríade de problemas que fizeram diversos utilizadores descartar o navegador. A Microsoft assumiu o erro, engoliu o orgulho e lançou-se na produção do “irmão do Chrome” em 2018.
O resultado? Uma nova versão do Edge lançada no começo deste ano. Este novo produto está atualmente disponível em mais de 90 línguas para Windows 7, 8 e 10, bem como para macOS e até para Android e iOS.
A luta pelo regresso ao pódio
Apesar das melhorias apresentadas neste novo projeto, ainda assim esta será uma luta difícil de vencer para a Microsoft. Com efeito este trata-se de um mercado no qual a Google reina em grande. Em 2019 foi revelado que 70,71% dos internautas usam o Google Chrome. Em segundo lugar está o Mozilla Firefox com com 9,76% das preferências, seguido do Safari com 5,03%. O Edge terá uma grande batalha pela frente, mas apenas o tempo dirá se conseguirá triunfar neste nicho.